DA MÁQUINA AO ORGANISMO VIVO
“Quando deixamos de tentar controlar a organização como uma máquina, ela começa a evoluir como um organismo vivo.”
Frederic Laloux
Durante muito tempo, as empresas foram vistas e geridas como máquinas. Cada colaborador era reduzido a uma peça, cada função a um mecanismo, cada resultado a um número. Neste paradigma, a lógica do controlo e da previsibilidade prevalece, mas o preço que a empresa suporta é muito alto: desmotivação, conflitos silenciosos, rotatividade, falta de propósito.
A advocacia sistémica traz um olhar diferente, convidando a ver a empresa como um organismo vivo, com história, vínculos, heranças e até lealdades invisíveis que moldam o presente, e não mais como mero conjunto de engrenagens. Trata-se de olhar a empresa como como sistema vivo
Tal como acontece nas famílias, também as empresas carregam o peso das suas histórias, resolvidas e não resolvidas. Um sócio fundador não reconhecido, uma liderança assumida com culpa, um colaborador que ocupa inconscientemente o lugar de salvador, tudo isso são dinâmicas ocultas com forte impacto nas relações, decisões e nos próprios resultados.
Quando estas forças se tornam visíveis, abre-se espaço para desbloqueios profundos:
– Conflitos que desaparecem quando cada pessoa encontra o seu lugar.
– Equipas que recuperam motivação ao ver reconhecidos passados silenciados.
– Líderes que finalmente conseguem delegar, porque já não carregam sozinhos a herança da empresa.
Falamos de ordem, pertencimento e equilíbrio, pois na perspetiva sistémica, a prosperidade das organizações só acontece quando as três leis fundamentais (as Leis do Amor) são respeitadas:
– Ordem: cada membro no lugar que lhe corresponde, reconhecendo quem veio antes e a hierarquia natural.
– Pertencimento: todos têm direito a um lugar, ninguém é excluído.
– Equilíbrio: dar e receber em justa medida, garantindo relações sustentáveis.
Se estas leis são ignoradas, surgem bloqueios repetidamente. Quando são honrados, a empresa ganha fluidez, clareza e vitalidade. E prospera.
A advocacia sistémica coloca o direito dentro das empresas não apenas como estrutura normativa, mas como parte de um ecossistema maior. Estratégia jurídica, gestão empresarial e consciência sistémica não são dimensões separadas. Podem e devem andar juntas. O verdadeiro trabalho não é apenas resolver conflitos ou fazer contratos, mas integrar o que estava oculto, devolver clareza ao sistema e permitir que a empresa cresça com solidez e verdade.
Empresas conscientes acolhem a complexidade da vida que pulsa dentro delas.
Quando uma organização se abre a esta visão, passa a ser muito mais do que um espaço de trabalho e transforma-se num organismo vivo, capaz de evoluir em harmonia com quem dela faz parte.
No fundo, ser uma empresa consciente é mais do que ter resultados: é honrar a vida que atravessa a organização.
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